Em Gurupi, o pré-candidato ao governo do Tocantins o juiz Márlon Reis fala sobre o cenário político do Estado e sobre soluções para sanar de vez a corrupção em todo país

16 de abril de 2018 | 16:27

Márlon Jacinto Reis, 48 anos, é jurista, advogado e palestrante, relator da Lei da Ficha Limpa e idealizador da expressão “Ficha Limpa”. Márlon  Reis, que é tocantinense, natural da cidade de Pedro Afonso é atualmente pré-candidato ao governo do Estado do Tocantins, e em entrevista ao Sil TV Notícias, nesta segunda-feira (16),falou sobre sua pré- candidatura e sobre os atuais problemas políticos do país e do Estado, principalmente a corrupção.

Em seus depoimentos, o juiz tem falado sobretudo de ética pública, e ele explicou a importância desse tema diante do atual cenário político que o Tocantins enfrenta.

“De um lado, a gente precisa fazer com que o Tocantins saia do noticiário criminal, lamentavelmente as notícias que saem sobre o nosso Estado são de jatinhos da Polícia Federal pousando aqui para levar alguém ou para fazer busca e apreensão de alguma coisa. Isso tem que parar, isso é muito feio para a imagem, isso afugenta investidores, ninguém quer vir para um Estado em que a corrupção é permanente, é tão pública e tão ostensiva. Por outro lado, é muito importante combater a corrupção porque é a maneira de fazer com que o dinheiro chegue ao seu destino. Ontem fui conhecer o Hospital Regional de Gurupi, e lá eu vi a situação, doentes em macas nos corredores, teve um caso de um rapaz que caiu da maca e quebrou o braço, então isso é um absurdo. Significa que o dinheiro, que é muito, não está chegando ao seu destino, muito disso é em virtude da corrupção. A ética pública é fundamental até por uma questão de sobrevivência”.

Em seus discursos, o pré-candidato vem falando sobre enterrar o modelo político do Tocantins, e ele explicou como pretende fazer isso.

“Quando eu falo enterrar eu não estou querendo ser prepotente , eu quero dizer que nós vamos sepultar algo que já está morto, e não foi eu que matei, foi o próprio modelo que destruiu porque ele tornou o Estado inviável. Hoje o Estado é um Estado hiper endividado, que não cumpre a Lei de Responsabilidade Fiscal, é um Estado que tem uma avaliação baixíssima do ponto de vista financeiro, segundo a Secretaria da Receita Federal, então esse modelo de fazer política está morto, compete a nós agora nessa eleição enterrar esse  modelo trocando a mentalidade, tivemos vários governantes mas a mentalidade foi a mesma, eu quero trazer uma nova forma, atraindo investimentos, gerando emprego em massa e o Tocantins tem um grande potencial para isso”.

Márlon Reis explicou ainda os motivos que o levaram a idealizar a Lei da Ficha Limpa, que foi emendada à Lei das Condições de Inelegibilidade originada de um projeto de lei de iniciativa popular, idealizada por ele e outros juristas, e que reuniu cerca de 1,6 milhões de assinaturas com o objetivo de aumentar a idoneidade dos candidatos.

“O que me levou a liderar essa lei da Ficha Limpa foi justamente  saber que não podemos perder dinheiro para a corrupção. Não podemos perder o dinheiro da educação, da saúde, da segurança pública para a corrupção. Temos grandes casos de envolvimento de políticos com casos criminosos, estamos vendo isso através da Lava Jato por exemplo. O combate a corrupção nós sabemos como fazer, é feito com transparência, com controle institucional, com controle social e também com a garantia do cumprimento da lei, aparelhando os órgãos de fiscalização e de investigação do Estado para a pressão criminal daqueles que cometerem crimes contra a administração pública”.

O pré-candidato está em Gurupi conversando com lideranças sociais e em reuniões políticas pela cidade.

“Os comentários aqui postados são de inteira responsabilidade de seus autores, não havendo nenhum vínculo de opinião com a Redação da equipe do Sil TV”
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